Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes - ANFAJE
Informação profissional sobre a Envolvente do Edifício

Tubos plásticos: aliados para se conseguir habitações mais eficientes e sustentáveis

Amanda Gomes
Técnica do Grupo Setorial de Tubos Plásticos da ANAIP- AseTUB

08/05/2024
As alterações climáticas são um dos grandes desafios que a sociedade enfrenta atualmente, um desafio que o setor dos plásticos pode ajudar a travar em muitas áreas devido à versatilidade e eficiência destes materiais, que são impossíveis de substituir em muitas aplicações. A indústria incentiva e apoia todo o tipo de iniciativas, tanto do setor público, como do privado, para ajudar a passar da economia linear para a circular.
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Conseguir que os resíduos se tornem em recursos que entrem de novo no sistema produtivo ou reduzir a pegada ambiental de todo o tipo de processos e produtos são algumas das primeiras coisas que nos passam pela cabeça quando se fala de sustentabilidade, mas este conceito deve ser alargado a todas as áreas da vida, a começar pelas próprias habitações e edificações, que têm margem de melhoria e são fundamentais para se conseguir cidades mais sustentáveis que garantam o bem-estar da população e o equilíbrio entre o desenvolvimento económico, social e ambiental.
Atualmente, o consumo energético exigido pelo parque habitacional em Espanha para aquecimento e arrefecimento é responsável por cerca de 30% dos gases com efeito de estufa emitidos para a atmosfera, ao passo que os edifícios com classificação energética A representam apenas 0,3% das emissões e 0,2% do consumo energético.

A indústria dos plásticos tem muito a contribuir para o setor da construção na procura de habitações mais eficientes, que permitam reduzir as emissões e diminuir o consumo energético. A sua contribuição baseia-se em dois pilares que fazem dos plásticos grandes aliados da sustentabilidade: a sua longa duração e a sua eficiência.

Estas duas características estão presentes nos tubos plásticos: são concebidos para ter uma vida útil de mais de 50 anos, são fáceis de instalar devido à sua leveza, contribuem para a eficiência energética dos edifícios e requerem uma manutenção mínima.

Os sistemas de tubos plásticos apresentam grandes vantagens na construção de edifícios em comparação com outros materiais: não sofrem corrosão, a sua superfície lisa evita incrustações, pelo que o seu caudal é constante, são fáceis de instalar, são silenciosos, versáteis e adaptáveis a todo o tipo de projetos, garantem a qualidade da água e a manutenção das suas propriedades (não tem cheiro, cor nem sabor). Além disso, não favorecem a proliferação da legionela, são recicláveis e incorporam cada vez mais material reciclado no seu fabrico.
Todas estas características fazem deles a melhor opção para aplicações que permitem obter habitações mais eficientes, como a climatização radiante, o aquecimento urbano, a geotermia ou estruturas termoativas. A utilização deste tipo de sistemas é fundamental na transição para um consumo de energia quase nulo. Estas aplicações são cada vez mais frequentes e generalizadas, sobretudo em nova construção, uma vez que favorecem a eficiência energética do edifício e, inclusivamente, a redução de custos.
São muitas as aplicações nas quais os tubos plásticos contribuem para a sustentabilidade dos edifícios. Algumas delas são apresentadas em seguida.

Aquecimento e arrefecimento urbanos

O aquecimento e arrefecimento urbanos são um exemplo claro da utilização de tecnologias altamente eficientes para obter baixas emissões de dióxido de carbono e uma poupança energética significativa. Consistem na produção centralizada de energia térmica (quente e até mesmo fria) e na sua distribuição através de uma rede urbana de tubos para abastecer múltiplos pontos de consumo. Desta forma, bairros inteiros partilham uma única central de geração, o que reduz o custo da construção civil, o custo de execução das instalações ou diminui o tempo de instalação e montagem, entre outros benefícios.
Ilustração 1. Esquema de funcionamento do aquecimento urbano. Fonte: Google Imagens
Ilustração 1. Esquema de funcionamento do aquecimento urbano. Fonte: Google Imagens.
Os tubos plásticos que conduzem este calor desde as centrais de produção de energia térmica até ao seu destino (casas, indústrias, bairros ou até cidades) são tubos pré-isolados, que apresentam uma grande flexibilidade, adaptando-se ao traçado da rede conforme necessário, sem necessidade de instalação de um número de acessórios elevado, o que pode chegar a provocar maiores perdas de carga, facilitando assim a instalação e uma maior eficiência energética, uma vez que o calor perdido durante o transporte é claramente reduzido.

Geotermia

Outro modelo energético sustentável é a geotermia, que aproveita a energia armazenada em forma de calor sob a superfície da terra. Dependendo do tipo de geotermia (de alta, média, baixa ou muito baixa temperatura), é até possível obter eletricidade através de turbinas, ainda que, na construção, seja mais frequente a geotermia de baixa ou muito baixa temperatura, que oferece soluções em aplicações térmicas como a climatização de piscinas, produção de AQS, a ecoventilação ou a climatização radiante de superfícies.
Ilustração 2. Aproveitamento geotérmico com permutador vertical, BCGT e piso radiante
Ilustração 2. Aproveitamento geotérmico com permutador vertical, BCGT e piso radiante.

Ecoventilação

A ecoventilação é uma técnica de ventilação que utiliza um sistema estanque, eficiente, sustentável e renovável, também conhecido como poço canadiano ou provençal, que inclui o aproveitamento energético do subsolo através de energia geotérmica de baixa temperatura e pouca profundidade, por meio de permutadores geotérmicos terra/ar, para temperar o ar de ventilação, seja inverno ou verão. Esta técnica consiste em enterrar sistemas de tubos a uma profundidade entre 1,5 e 5 metros e fazer circular ar através deles. Este ar, em contacto com as tubagens, adquire a temperatura do subsolo (superior ou inferior à temperatura exterior) e circula, com ou sem adição térmica suplementar, pelo interior da habitação, previamente filtrado.
Ilustração 3. Esquema de funcionamento no inverno (poço canadiano) e no verão (poço provençal)
Ilustração 3. Esquema de funcionamento no inverno (poço canadiano) e no verão (poço provençal).
Estes sistemas implicam poupança energética e económica, uma vez que reduzem os custos de aquecimento até 20%. Para realizar este tipo de instalações nas habitações, os tubos plásticos oferecem uma série de vantagens, como a elevada condutividade térmica e uma boa transferência térmica entre o subsolo e o ar aspirado, a elevada resistência e rigidez longitudinal, a facilidade de instalação, para além da proteção contra as bactérias ou o radão (derivado de certos terrenos em que este gás cancerígeno está presente, cuja solução é ventilar as habitações).
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Superfícies radiantes

Os sistemas de superfícies radiantes (piso, teto ou paredes) são ideais para o aproveitamento geotérmico ou aerotérmico, uma vez que são sistemas de aquecimento baseados em circuitos de tubos plásticos embutidos na argamassa que se encontra sob o piso, através dos quais circula água a cerca de 40 graus Celsius, transmitindo o calor ao ambiente. A instalação também pode ser utilizada para o fornecimento de frio.
Ilustração 4. Os sistemas radiantes podem ser instalados em tetos, pisos ou paredes
Ilustração 4. Os sistemas radiantes podem ser instalados em tetos, pisos ou paredes.

Estruturas termoativas

As estruturas termoativas (como as fundações ou as lajes termoativas) consistem na inserção de circuitos de tubos plásticos na laje de betão, através dos quais circula água, com a qual se pode regular a temperatura. O betão torna-se assim um elemento radiante: no inverno utiliza-se o chão para aquecer o ambiente e no verão utiliza-se o teto para o refrescar.
Ilustração 5...
Ilustração 5. À esquerda, com uma temperatura radiante maior nas superfícies, o corpo não consegue irradiar tanto calor e, consequentemente, evapora mais água em forma de suor. À direita, com uma temperatura mais baixa, o corpo pode irradiar mais e, consequentemente, evapora menos calor.
Deste modo, a principal função das estruturas termoativas é cobrir as cargas sensíveis em aquecimento e arrefecimento. Atualmente, mais de 1000 edifícios já estão equipados com esta tecnologia.
Ilustração 6. À esquerda, pode ver-se como os diferentes circuitos são concebidos em função das áreas e da atividade do edifício...
Ilustração 6. À esquerda, pode ver-se como os diferentes circuitos são concebidos em função das áreas e da atividade do edifício. À direita, os sistemas de tubos plásticos estão entrelaçados entre a malha do betão.
Assim, os tubos plásticos são perfeitos para qualquer modelo de consumo energético eficiente para aplicações de, por exemplo, aquecimento, piso e teto radiante, arrefecimento de edifícios, ventilação ou produção de águas quentes sanitárias. Aplicações fundamentais no momento de conceber edifícios com consumo quase nulo de energia, nos quais a eficiência é tão importante como a durabilidade dos materiais que se utilizam na sua construção, a sua capacidade de adaptação a todo o tipo de projetos e a sua simplicidade de montagem, o que facilita o trabalho dos arquitetos e dos desenhadores, que poderão realizar todo o tipo de projetos, por mais complexos que possam parecer na planta.
Além disso, os sistemas de tubos plásticos cumprem os mais elevados padrões de qualidade, uma vez que são fabricados de acordo com normas nacionais, europeias e internacionais que incluem os requisitos e exigências que os diferentes tipos de tubos devem cumprir para cada tipo de aplicação (AQS e aquecimento, climatização radiante, geotermia...), garantindo a sua adequação a todas elas através da certificação do produto por uma entidade independente. Atualmente, podemos afirmar sem receio de nos enganarmos que os tubos plásticos são a melhor opção para a construção, especialmente se tivermos em conta critérios de durabilidade, conforto, segurança e eficiência energética.

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