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A frase Luca Sacripanti, Diretor de Marketing e Comunicação da MAPEI Portugal, no webinar ‘A Construção e o Imobiliário Verde e Sustentável’, que teve lugar a 30 de junho, numa organização conjunta da Tektónica - Feira Internacional de Construção e Obras Públicas e do SIL - Salão Imobiliário de Portugal.

Num momento em que Portugal ainda vive os efeitos da pandemia, e em que Lisboa é agora o principal foco de preocupações das autoridades nacionais, pela primeira vez, o evento realizou-se presencialmente e virtualmente, com painéis físicos e online.

Questões ambientais como as alterações climáticas e a pegada ecológica estão cada vez mais presentes na vida das pessoas e das empresas. A responsabilidade ambiental, a descarbonização do parque habitacional, a melhoria da eficiência energética da habitação e um futuro mais sustentável são alguns dos desafios mais prementes nos próximos anos.

Temas como a poluição, ondas de calor/seca e fenómenos de precipitação extrema, índices de impermeabilização dos solos, a densidade e qualidade das construções, a eficiência energética, coincidem com fenómenos climáticos extremos, e cada vez mais frequentes.

Como é que as empresas nacionais estão a responder a este desafio? Foi a esta questão que os oradores deste evento tentaram responder, sobretudo num momento decisivo para as empresas do setor da Construção.

Fátima Vila Maior, Diretora de Coordenação de Exposições na Feira Internacional de Lisboa (FIL), fez uma intervenção inicial onde analisou as “oportunidades das feiras”, organizadas pela FIL, e lembrou as exigências que os tempos atuais trazem.

A responsável aludiu ao tema deste webinar, lembrando que “a Europa está muito empenhada em termos de metas ambiciosas” ao nível da sustentabilidade. E, por essa razão, “queremos ser um país sustentável”. “Há, pois, um conjunto de perguntas e respostas que é essencial debater para saber que desafios nos esperam”, disse.

João Madeira, Diretor de Ativos Imobiliários da Sonae Capital, abordou a questão da sustentabilidade, que "sempre foi muito importante" para os projetos da empresa. Contudo, salienta que "a sustentabilidade é muito mais do que o ambiente. E há três três pilares essenciais: ambiental, social e económico".

Para o responsável, "o imobiliário tem feito esse caminho, a vários níveis, seja na certificação energética, qualidade do ar interior, cruzando sempre aqueles três pilares".

Como é que se pode garantir que o projeto é sustentável e que a empresa que o promove o concretiza, na prática?

A pergunta, diretamente para Sandro Oliveira, CEO da InvestCo, teve resposta clara: “além da vertente estética, mobilidade e custo é essencial ser um fator crítico na conceção do projeto”.

Para Sandro Oliveira, é essencial questionar "a disponibilidade de as pessoas pagarem essa sustentabilidade". "A parte regulamentar exige essa sustentabilidade e aí os projetos não se tornarão diferenciadores pela denominação de sustentabilidade mas por outros fatores, como sendo a perceção de valor de ganho para o cliente, o impacto que terá no final do mês nos custos do projeto e onde e como se pode poupar".

Ana Mesquita, da Associação Nacional de Coberturas Verdes (ANCV), lembrou que na associação "acreditamos que o futuro das cidades e dos edifícios passa pela incorporação da vegetação nos projetos e dos edifícios".

"Há dez anos esta área não tinha ainda muita importância, apesar de termos exemplos como a Gulbenkian 8em Lisboa). Havia algum receio e falta de conhecimento sobre os chamados sistemas multicamada. Mas acho que hoje estamos noutro patamar", refere.

Lembra o Guia Técnico de Coberturas Verdes, lançado em janeiro de 2020, pela ANCV, e que define as linhas orientadoras para estas estruturas no contexto da Construção.

"Há um interesse crescente das pessoas neste tema e um maior envolvimento dos profissionais", assegura Ana Mesquita, acrescentando que "todos os edifícios têm condições para aplicar coberturas verdes, apesar de cada caso ser um caso, e cada um ter as suas próprias especificidades".

Luca Sacripanti, Diretor de Marketing e Comunicação da Mapei Portugal, salientou, por outro lado, que a questão dos materiais são muito importantes para a empresa, nomeamente as soluções de isolamento térmico, coberturas ajardinadas e utilização de produtos com emissões muito baixas de compostos orgânicos voláteis.

“É essencial que os produtos garantam uma maior durabilidade da construção e retomar todo o processo sustentável dos produtos”, sustenta.

Realça que o isolamento térmico “já não é uma inovação, o que está a ser promovido é a sua manutenção e reparação, mas a realização de coberturas ajardinadas é possível graças a soluções viáveis. É uma tarefa difícil, é preciso muito compromisso, com laboratórios acreditados, mas é sem dúvida, o caminho”.

O Grupo Mapei tem todas essas componentes e “está apto para responder a qualquer projeto e obra que surja neste contexto”.

À pergunta ‘em termos de materiais sustentáveis, temos uma indústria competitiva?’, Luca Sacripanti, não tem dúvidas: “a indústria portuguesa tem todas as condições para apresentar uma Construção mais sustentável do que vimos até agora”.

Assista aos vídeos dos dois webinars já realizados anteriormente.