Soluções que contemplam a produção de energia e/ou a sua permuta, constituem um acréscimo muito importante no desempenho energético de uma edificação, contudo, agora, pretende-se apenas avaliar o desempenho das três tecnologias de isolamento mais conhecidas, no desempenho térmico da envolvente.
Pretende-se, assim, responder às dúvidas mais pertinentes que os senhores projetistas colocam, aquando da eleição de uma determinada tecnologia, visando o tratamento térmico das edificações, nomeadamente, no que concerne aos isolamentos refletivos.
Os projetistas dizem-nos concretamente: sabemos da existência das três mais representativas tecnologias para o tratamento térmico das edificações a saber:
A Reflectherm, desde há muito, que defende o estabelecimento de um critério de avaliação que ponha em pé de igualdade toda e qualquer “solução de tratamento térmico” consubstanciado na obtenção de um determinado coeficiente de transmissão térmica, com qualquer das tecnologias enunciadas; definido pela Agência de Energia, e para cada uma das três zonas climáticas caraterizadas para Portugal, (I1; I2; I3), respetivamente de: 0,50 W/m2.K; 0,35 W/m2.K e 0,30 W/m2.K (parâmetro vertical, fluxo horizontal) e, com que materiais são alcançados?
Se assim acontecer, estamos realmente a comparar o que é comparável e, rapidamente se conclui que a tecnologia dos isolamentos refletivos multicapas constitui uma alternativa muito interessante, comparativamente com as suas congéneres lãs minerais e poliestireno; nomeadamente no que concerne à análise do desempenho térmico, e por fim, à durabilidade e também ao preço.
A vantagem do fator continuidade observado na pós instalação/colocação dos materiais refletivos, a par de constituírem uma barreira à transmissão do vapor de água, adicionado ainda à manutenção da sua estabilidade dimensional e durabilidade, catapultam as soluções multicapas refletivas para o centro de discussão e análise destes materiais, visando a sua adequada prescrição.
Falta dar a conhecer aos prescritores alguma informação sobre o desempenho destes materiais, nomeadamente, no processo de avaliação da sua resistência térmica.
O projetista deve estar de posse de alguns valores típicos relativos ao processo de cálculo da resistência térmica, nomeadamente, a condutividade dos materiais mais correntes
A resistência térmica dos materiais refletivos tem duas parcelas, a resistência térmica intrínseca à qual é adicionada à resistência térmica das caixas-de-ar, não ventiladas.
A resistência térmica intrínseca é a que corresponde ao valor que se obtém dividindo a espessura do isolamento (em metros), pela sua condutividade.
A resistência térmica das caixas-de-ar não ventiladas, se e só se existirem; tomam, respetivamente, os valores de 0,53 m2.K/W para fluxo horizontal e de 0,41 m2.k/W para fluxo vertical ascendente.
O projetista deve estar de posse de alguns valores típicos relativos ao processo de cálculo da resistência térmica, nomeadamente, a condutividade dos materiais mais correntes, a saber:
Os fabricantes indicam, por vezes, outros valores que se afastam dos indicados, pelo que se aconselha a utilização dos referidos, para que, se não cometam erros de avaliação, os quais resultariam em prejuízo do consumidor final.
Notar que, em cobertura, para consignarmos duas caixas-de-ar, necessitamos de um segundo afastador e de um segundo material para encerrar a segunda caixa-de-ar. Posteriormente, levará ripado e contra ripado para assentamento da telha e sua correta ventilação e, só esta camada é ventilada para garantir a adequada ventilação da telha, tanto na estação de inverno como na de verão.
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