19 PERFIL EVENTOS projeto “Dwellings in Memory, Building an Adaptive Lisbon”, de Conchita Escobar e Raquel Bernalm, e um prémio, também especial, que resultou da votação das outras equipas, entregue ao projeto “Yellow”, de Magdalena Kazulak e Konstancja Staniecka, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Weoclaw, na Polónia. Todos os projetos destes e de outros jovens arquitetos estão disponíveis no site do Concurso Internacional de Arquitetura da Saint-Gobain. Nas suas várias fases, o concurso contou com cerca de 1300 participantes, oriundos de 30 países e de 178 universidades. Lisboa foi a cidade escolhida este ano para acolher o desafio de projeto arquitetónico proposto aos concorrentes e para a fase final da 18ª edição do concurso promovido pela Saint-Gobain, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa. Foram apresentados projetos de estudantes de arquitetura de todo o mundo idealizados para um terreno pertencente ao município, incluído no Plano de Pormenor do Aterro da Boavista. SUSTENTABILIDADE RUMO À NEUTRALIDADE A Saint-Gobain tem uma estratégia de negócio centrada na sustentabilidade do planeta e bem-estar dos utilizadores. As alterações climáticas, a preservação de recursos naturais e a mudança acelerada na construção, a economia circular, são os alicerces desta estratégia que visa chegar à neutralidade de emissões de carbono ou contribuir para a melhoria das condições de vida e de conforto dos habitantes de todo o mundo. Foi deste modo que Benoit Bazin, CEO da Saint-Gobain, recordou o desafio colocado aos concorrentes, “totalmente alinhados com a estratégia da empresa”. A premissa global foi a sustentabilidade dos edifícios projetados e a criação de condições de bem-estar para os utilizadores, com impacto nas pessoas e no planeta. Os projetos deveriam também contribuir para simplificar a cadeia de valor da construção (muito extensa, complexa e fragmentada globalmente), envolvendo as múltiplas partes interessadas na cadeia, incluindo os arquitetos, explicou ainda Bazin. Gabriel Golumbeanu, diretor de mercados especiais, advocacy e sustentabilidade da Saint-Gobain, na Roménia, e coordenador Internacional do concurso para estudantes, anunciou os vencedores da edição deste ano, destacando a qualidade dos projetos, assentes na sustentabilidade em matéria de energia, água e conforto interior e ainda em soluções de pré-fabricação e modularidade que permitem criar projetos mais baratos e também sustentáveis. Thierry Fournier, vice-presidente sénior e CEO para a região Sul da Europa, Médio Oriente e África, reforçou a importância dos estudantes e da sua criatividade para contribuir para sustentabilidade da região que dirige, uma região multifacetada que incluí países como Portugal ou Itália, mas também países em África com percursos de sustentabilidade díspares. “Procuramos soluções acessíveis, tirando partido da cadeia de valor, evitando acréscimos desnecessários de preços”, assinalou, exemplificando que é possível reduzir os consumos energéticos ao longo da cadeia de valor ou otimizar processos. “Atualmente, já temos clientes que além dos preços e dos prazos, também apresentam requisitos de impacto/redução de emissões de carbono”. José Martos, CEO da Saint-Gobain Portugal, centrou a sua apresentação nos objetivos da empresa, que pretende ser líder no país na redução das emissões de carbono, contribuindo para os objetivos portugueses de neutralidade carbónica para 2050: nula nesse ano. Uma vez que 50% destas emissões provem do sector da construção quer na altura da obra quer ao longo do ciclo de vida dos edifícios, a Saint-Gobain pretende ter um papel relevante nesta redução. Trata-se de uma multinacional com operações em diferentes momentos da cadeia de valor que consegue reutilizar materiais, desenvolver novos materiais e reduzir a utilização de novos materiais. “Tendo em conta que apenas 15% das habitações [em Portugal] têm certificados energéticos ‘A’ ou ‘B’, há um largo caminho a percorrer emmatéria da melhoria do isolamento, dos materiais (tijolos, argamassas), para a substituição de janelas”, concluiu. Os prémios vão agora viajar para a Finlândia, país que irá receber a 19ª edição do concurso no próximo ano. n “Já temos clientes que, além dos preços e dos prazos, também querem saber quais os impactos ambientais ou quanto se vai reduzir na emissão de carbono” - Thierry Fournier, Saint-Gobain
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