BJ14 - Novoperfil Portugal

ENTREVISTA 21 PERFIL Depois de, entre 2017 e 2019, termos realizado o Archi em Lisboa, com enorme sucesso e adesão, resolvemos, ultrapassada a pandemia - que trouxe também muitos constrangimentos ao formato presencial -, retornar a casa. A edição do ano passado representou não só o regresso ao formato presencial, mas também ao Porto onde, a partir de uma parceria com a Ordem dos Arquitetos, teve lugar no evento o lançamento do concurso de arquitetura para o espaço que estávamos a ocupar: o Palácio Ford, um terreno industrial abandonado e expectante da cidade. Este ano, mantendo a lógica de não repetirmos espaços, o evento terá lugar na Casa da Arquitetura, emMatosinhos. É uma parceria natural com uma instituição que representa a Arquitetura ao mais alto nível nacional e internacional e que ocupa um espaço - um reabilitado complexo industrial - altamente propício a um evento como o Archi. Além disso, a existência de um espaço exterior muito fluído, característica que também temos procurado nos espaços acolhedores das edições passadas, e o facto de ter os seus próprios conteúdos, nomeadamente exposições, são fatores que apenas aumentam as possibilidades para os participantes. Tudo isto enquanto nos reunimos a falar e a discutir sobre arquitetura com nomes amplamente reconhecidos e que geram imenso interesse ao público específico dos arquitetos. Este ano, o evento terá lugar na Casa da Arquitetura, em Matosinhos. Vão conseguir quebrar o recorde de participantes este ano? Temos a profunda convicção que sim. Aliás, o número de inscrições até à data assim o antevê. Porquê o tema TransForm, escolhido para a 7ª edição do Archi Summit? É, hoje em dia, impossível não contemplarmos a responsabilidade inerente à arquitetura enquanto agente transformador do território, o seu papel nummundo em transformação, que passa inevitavelmente por uma nova ótica sobre como se faz e constrói. Essa responsabilidade representa também uma oportunidade para fazer diferente. Com esta edição, sob o lema “TransForm” - Transformations of Objects, Spaces, and Living Acts Beyond Form, embarcamos numa exploração dos princípios do design, além da dimensão objetal da arquitetura, como forma de diplomacia, estabelecendo ligações entre o passado e o futuro, cidades e territórios, produções e comportamentos, seres humanos e o universo. Numa visão holística que compreende o ato de projetar atento a outras sensibilidades. O design, enquanto modo de diplomacia, tem a responsabilidade ética de harmonizar as nossas necessidades com o equilíbrio ecológico do nosso planeta.

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