BJ15 - Novoperfil Portugal

ENTREVISTA 38 PERFIL trabalho consistente na afirmação desta Ordem Profissional. Num momento em que se debate o Estatuto desta e das restantes Ordens Profissionais, em que o Governo procura eliminar restrições de acesso às profissões e melhorar as condições de concorrência, a realidade concreta destes diplomados é importante, embora representem apenas 6,4% do número total de diplomados em arquitetura. Queremos todos os arquitetos inscritos na Ordem dos Arquitectos. Opomo-nos à ideia de que existem obstáculos proporcionados pela Ordem no acesso à profissão. Opomo-nos à ideia de que aplicamos restrições desproporcionadas. Não temos qualquer evidência que o confirme. Só em 2021, 760 estagiários candidataram-se a membro efetivo e nenhum foi recusado. Queremos todos os arquitetos na OA porque é através dela que se garante a defesa dos interesses gerais dos destinatários dos serviços. E, no caso da arquitetura, os destinatários dos serviços de arquitetura não são apenas aqueles que encomendam o serviço e pagam por ele. Os destinatários dos serviços são todos os cidadãos. Do trabalho do arquiteto emergem as cidades e as paisagens que temos. A OA é uma entidade aberta à sociedade e, como tal, o trabalho do Observatório da Profissão serve, no contexto da arquitetura, não só os seus membros, mas também as entidades públicas e privadas e a sociedade, em geral. Estes dados serão, certamente, uma mais-valia para a profissão, para os organismos público, para os estabelecimentos de ensino superior, etc. Qual é a realidade da arquitetura no nosso país? Essa pergunta tem uma resposta complexa. Até porque me questiona sobre a realidade da arquitetura e não a da profissão. Vivemos tempos conturbados. O crescimento que se sentiu no setor da arquitetura no pós-troika foi Observam-se, essencialmente, microempresas com um a cinco arquitetos, o que dificulta o alcance de economias de escala e a melhoria das condições de trabalho

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