BJ6 - Novoperfil Portugal

27 PERFIL EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFÍCIOS limpos, isto é, sem emissão de partí- culas, para a confeção alimentar. Uma das métricas que utiliza é o consumo residencial da população num ano (kWh per capita ). Na Figura 1 é apresentado o mapa nacional de consumo de energia elé- trica e de gás natural per capita (kWh/ capita) em 2019, onde se verifica a existência de uma homogeneidade no consumo de energia elétrica per capita , demonstrando uma boa qualidade no acesso a este tipo de energia (o Council atribui a Portugal nota máxima a Portugal de 100, desde 2011). No entanto, o mesmo não pode ser atribuído ao consumo de gás natu- ral per capita . Para além da elevada heterogeneidade regional, existem ainda muitos municípios com consu- mos com0 kWh per capita , sinalizando a falta de acesso à rede de gás natural. À data, estes municípios representam 16% da população e estão concentra- dos na zona interior do País e ilhas. As tarifas sociais de energia, nomea- damente de eletricidade e de gás natural, são um dos mecanismos Figura 1. Consumos de energia elétrica e gás natural per capita , por município (fonte de dados DGEG, 2021). Internal Use Legenda Electricidade kWh/ (ano.cap): Legenda Gás Natural kWh/(ano.cap): Consumo de Eletricidade Consumo de Gás Natural Figura 1. Consumos de energia elétrica e gás natural per capita, por município (fonte de dados DGEG, 2021). As tarifas sociais de energia, nomeadamente de eletricidade e de gás natural, são um dos mecanismos para proteção dos clientes vulneráveis. Segundo dados da ERSE, no final de 2019, havia um total de 6,215 milhões de clientes d mésticos de eletricid de e 1,404 milhões d clientes domésticos de gás natural. Desses, cerca de 760 mil (12% do total de clientes) eram beneficiários da tarifa social de eletricidade e apenas 36 mil clientes (2,6% do total de clientes) eram beneficiários da tarifa social de gás natural. Portugal, embora disponha de uma rede elétrica territorialmente abrangente, não dispõe de uma rede de gás natural que permita o acesso de toda a população. Na falta de acesso à rede de gás natural, a população recorre a GPL em garrafas, maioritaria mente utilizado para o aquecimento de águas sanitárias e confeção de alimentos, e a gasóleo de aque cimento e a biomassa, para aquecimento da habitação. Na Figura 2 é apresentado o consumo per capita de GPL embalado e do gasóleo de aquecimento. Por indisponibilidade de dados regionalmente detalhados não foi possível estender a análise para a biomassa e o solar térmico, utilizados para aquecimento de águas sanitárias.

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