ENTREVISTA 48 PERFIL mia Covid-19, temos agora os desafios relacionados com a guerra na Ucrânia, que veio trazer incertezas quanto à evolução macroeconómica portuguesa e europeia. Novos problemas decorrentes da forte subida da taxa de inflação e do aumento dos juros dos empréstimos, sobretudo os do crédito à habitação, terão, certamente, uma forte repercussão na área da construção e reabilitação, para os clientes particulares. O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) irá, de facto, fazer a diferença? O PRR é muito importante para o nosso setor, tendo em conta os objetivos e volume de investimento previstos para as metas de descarbonização da economia e da melhoria do conforto e eficiência energética dos edifícios. A previsível quebra da procura junto dos clientes particulares, tem de ser compensada com o relançamento urgente dos programas de apoio financeiro à troca de janelas antigas por novas janelas eficientes. A execução dos investimentos previstos nos programas definidos no PRR será essencial para manter a atividade das empresas do setor e assegurar os milhares de postos de trabalho. Além disso, o PRR permitirá manter a aposta na melhoria da qualidade de construção, do conforto térmico e acústico e da eficiência energética das habitações, com consequências muito positivas para o bem-estar, saúde e poupanças energéticas dos portugueses. As medidas inscritas no PRR, de acordo com a ANFAJE, devem ser executadas com o maior rigor e celeridade para que não seja perdida esta oportunidade sem precedentes. ENCONTRO NACIONAL E CONSELHO ESTRATÉGICO DA ANFAJE Falando do Encontro Nacional da ANFAJE que irá ter lugar na Concreta, emoutubro, sob omote ‘Continuar a construir o futuro do setor’, o que podemos esperar do evento e quais os objetivos da ANFAJE, tendo em conta que durante a pandemia não foi possível realizar a iniciativa? Após dois anos de interrupção devido às restrições da Covid-19, e perante um setor cada vez mais forte e mobilizado, a ANFAJE está a organizar o VI Encontro Nacional do Setor das Janelas, Portas e Fachadas com grandes expectativas. O nosso Encontro Nacional vai permitir juntar diversos especialistas, parceiros, profissionais e empresas do setor, com o objetivo de partilhar conhecimentos, ideias e experiências que permitirão debater a situação atual e analisar como ‘continuar a construir o futuro do setor’. Para tal, a ANFAJE apostará em temas como a ‘economia circular’, a digitalização, a formação, a internacionalização e a execução dos programas de apoio do PRR. O Encontro Nacional reveste-se de especial importância, pois é o momento anual de referência que permite às empresas do setor e aos seus profissionais demonstrar a sua força, notoriedade e capacidade de cooperação. Em finais de junho de 2022, foi criado o Conselho Estratégico da ANFAJE. Qual é o principal objetivo deste órgão e que missão terá? O principal objetivo do Conselho Estratégico é ser um novo órgão consultivo de apoio à Direção, formado pelas empresas associadas com a missão de debater os principais eixos estruturais da ANFAJE para os próximos anos, tendo como horizonte o ano de 2030. Em junho, realizámos a primeira reunião, no Porto, a qual permitiu reunir diversos importantes contributos dos associados com o objetivo de definir os temas mais relevantes para o desenvolvimento da estratégia comum do setor. Que mensagem gostaria de deixar ao setor e ao mercado em jeito de balanço do primeiro semestre de 2022 e o que desafios antecipa para 2023? Com o contributo da ANFAJE, o setor prepara-se sempre para novos desafios e oportunidades. Continuaremos a apoiar as empresas para os crescentes desafios relacionados com a digitalização, a formação e qualificação dos profissionais do setor, as exigências da ‘economia circular’, a nova legislação e todos os fatores de inovação tecnológica. A par disto, a ANFAJE continuará a estar muito atenta à criação de oportunidades que advêm da execução dos programas e medidas no âmbito do PRR e da ‘Onda da Renovação’ e que vão promover a melhoria do conforto e da eficiência energética dos edifícios portugueses. Com o contributo das empresas do nosso setor, na instalação de mais janelas, portas e fachadas eficientes, teremos o parque edificado português com mais conforto e qualidade. Em 2023, esperamos mais desafios e oportunidades para continuar a construir o futuro do setor. Um futuro que contará sempre com a ANFAJE como pedra angular no apoio, na defesa e no reforço do prestígio deste importante setor. n Após dois anos de interrupção devido às restrições da Covid-19, e perante um setor cada vez mais forte e mobilizado, a ANFAJE está a organizar o VI Encontro Nacional do Setor das Janelas, Portas e Fachadas com grandes expectativas. Evento decorre a 13 de outubro, na Concreta
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