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53 PERFIL PROTEÇÃO SOLAR | TECNOLOGIAS tipos de vidro, complementando e melhorando o seu desempenho no controlo solar. ENQUADRAMENTO. PROPRIEDADES DAS PELÍCULAS Desde o início do século XX que o vidro se tem tornado num elemento com uma preponderância cada vez maior na arquitetura. Os arquitetos tendem a dar preferência ao vidro, devido à sua elevada transmissão de luz natural para o interior do edifício, proporcionando uma série de benefícios. Desde logo porque torna os edifícios mais leves, mas também pela poupança de energia com a iluminação artificial, ao mesmo tempo que a sua transparência possibilita a visibilidade para o exterior. O vidro, embora arquitetonicamente seja uma solução agradável, acaba por revelar, na grande maioria das aplicações, um controlo solar insuficiente, especialmente no que diz respeito à transmissão de radiação ultravioleta (UV), radiação na gama visível e à radiação infravermelha, responsável por quase metade do calor transmitido. Estes ganhos térmicos, bem como a perda de calor pelo vidro, representam uma parte significativa das necessidades térmicas de aquecimento e arrefecimento. De acordo com estudos recentes, estima-se que 85% dos sistemas envidraçados nos edifícios europeus sejam pouco eficientes e com composições de vidro desadequadas. De facto, verifica-se que a performance da maioria dos edifícios em Portugal não se encontra nos parâmetros desejáveis de conforto térmico e visual. Em termos térmicos, seria expectável que o fator solar - rácio entre a radiação que efetivamente atravessa o vidro e a radiação incidente no vidro – se mantenha em valores a rondar 0,2, especialmente nas fachadas orientas a Este e Oeste. Assim, acaba por ser quase sempre necessário realizar um upgrade ao vidro, dotando-o das propriedades térmicas e de transmissão de luz adequadas à utilização do edifício em causa. Entre as diferentes soluções de películas existentes fará sentido procurar películas que maximizem o índice de seletividade, ou seja, o rácio entre a luz visível transmitida e o fator solar. Para este efeito, as películas espectralmente seletivas e semmetalização apresentam-se como a melhor solução, uma vez que permitem reduzir o fator solar para valores de conforto baixo de 0,20, mantendo uma elevada transmissão de luz e um elevado índice de restituição de cor (∼97%). EXEMPLOS E CASOS DE ESTUDO A instalação de películas em vidros é uma solução de eficiência energética passiva e versátil ao ponto de permitir adaptar de forma económica, rápida e eficaz os vãos envidraçados. Tudo isto é conseguido aomesmo tempo que são promovidas reduções significativas do consumo de energia elétrica associada ao ar condicionado e aumento de conforto e produtividade dos ocupantes. Os últimos case studies efetuados com películas espectralmente seletivas sem metalização apontampara um retorno médionaordemdos três anos, emprojetos comperíodos de vida útil superiores a 10 anos, o que reforça a relevância financeira cada vez maior deste tipo de soluções de controlo solar. n De acordo com estudos recentes, estima-se que 85% dos sistemas envidraçados nos edifícios europeus sejam pouco eficientes e com composições de vidro desadequadas

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