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Artigo exclusivo para a revista Novoperfil

Construção e renovação, com mais “CLASSE”

Carolina Costa | Responsável pela gestão da etiquetagem energética de Produtos CLASSE+, da ADENE – Agência para a Energia28/02/2022
A União Europeia tem o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica até 2050, com Portugal na linha da frente dos Estados-membros empenhados na concretização desta meta. São grandes as ambições e vários os acordos e compromissos, mas o caminho é longo e a urgência evidente.
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Para conseguirmos mitigar a nossa pegada carbónica, vários setores necessitam de uma reinvenção das suas atividades, serviços, materiais e tecnologias. O setor da construção é um deles, com a grande responsabilidade de promover soluções eficientes e boas práticas para criar edifícios novos modernizados e renovar o parque habitacional envelhecido. As empresas CLASSE+ não só estão conscientes desta responsabilidade, como já começam a dar os primeiros passos rumo a um caminho cujo destino é a sustentabilidade do planeta.

Os primeiros passos de um caminho para a sustentabilidade

As alterações climáticas são uma ameaça ambiental que, apesar dos vários compromissos assumidos, se têm vindo a agravar. Apesar da desaceleração da economia em 2020, as emissões globais de CO2 relacionadas com a energia permaneceram em 31,5 Gt, o que contribuiu para que o CO2 atingisse a sua maior concentração média anual na atmosfera de 412,5 ppm em 2020 - cerca de 50% maior do que no início da revolução industrial. Com a emissão de gases com efeito de estufa a atingir níveis recorde e prevendo um ritmo semelhante, o Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, alerta que o aumento da temperatura chegará a 2,7 °C no final deste século.

O facto é que o caminho que temos estado a percorrer poderá conduzir a uma catástrofe climática. Em novembro de 2021 cerca de 100 países juntaram-se em Glasgow, na Escócia, para a 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) para rever e atualizar os contributos para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030. Este passo fundamental permitiu refletir qual a direção atual do nosso percurso e que ajustes são prementes para alcançar o destino que queremos: a sustentabilidade do nosso planeta. Embora o resultado desta conferência tenha sido importante, António Guterres reafirmou que "precisamos da ambição máxima, de todos os países em todas as frentes”, destacando que a solução está no investimento de uma economia de zero carbono.
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No que diz respeito ao setor da construção, a Comissão Europeia tem vindo a definir um conjunto de estratégias e diretrizes que se focam no objetivo primordial da descarbonização do parque habitacional. O cenário atual evidencia que o grande desafio centra-se na reabilitação dos edifícios existentes. Em Portugal, 50% dos imóveis certificados apresentam uma classe energética pouco eficiente, entre F e D. Foram identificadas nos Certificados Energéticos da ADENE cerca de 2,6 milhões de medidas de melhoria que, se forem implementadas, vão permitir que 2/3 dos imóveis certificados alcancem classes mais eficientes (C ou até B-). Dos dados do Sistema de Certificação de Edifícios (SCE), em 2020 cerca de 22% das medidas de melhoria incidiram na substituição de vãos envidraçados, que podem ajudar a reduzir consumos de energia nas habitações e melhorar a sua eficiência energética. Estima-se que em 2020 foram vendidas cerca de 1 milhão de janelas em Portugal, das quais cerca de 80% para a renovação de edifícios.

O CLASSE+ (www.classemais.pt), da ADENE - Agência para a Energia, vem proporcionar a literacia energética ao cidadão através da etiqueta energética para janelas, dando a conhecer o desempenho da janela com a classificação que já é habitual, de F (menos eficiente) a A+ (mais eficiente). Nos últimos anos, temos vindo a sentir a consciencialização das pessoas que, cada vez mais, solicitam simulações das etiquetas nos pedidos de orçamento dos vãos envidraçados, permitindo comparar qual a melhor solução. Paralelamente, as empresas do setor têm vindo a apostar nesta iniciativa e a integrar a etiqueta energética na documentação que entregam aos seus clientes, permitindo assim, não só reforçar a transparência da empresa, mas também garantir a qualidade e cumprimento dos requisitos para a sua atividade. Em 2021 foram emitidas mais de 110 mil etiquetas para janelas, um acréscimo de quase 150% face a 2020. Este ritmo positivo mostra a adesão das empresas e consciencialização dos consumidores da procura pelas soluções mais eficientes, que em parte advêm de incentivos financeiros por parte do Estado.

Um dos financiamentos que prevê a melhoria da eficiência energética e ambiental das habitações e que impactou de forma positiva o setor das janelas, foi o Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, financiado através do Fundo Ambiental com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Este incentivo foi recentemente alvo de alterações ao seu regulamento, nomeadamente com o prolongamento de apresentação de candidaturas até 31 de março de 2022 e o reforço de dotação ascendendo a um total de 45 milhões de euros. Com mais de 47 mil candidaturas, o programa vai permitir apoiar perto de 10 500 projetos de melhoria do desempenho ambiental e energético dos edifícios de habitação, conferindo às famílias a possibilidade de aumentar o conforto térmico e reduzir a fatura energética das suas habitações. Além disso, contribuiu para dinamizar a economia com 15,8 milhões de euros já pagos pelo Fundo Ambiental a cerca de 9 mil candidaturas, em linha com os objetivos de recuperação económica do PRR. Mais recentemente publicado também pelo Fundo Ambiental, o Programa Eficiência Energética em Edifícios da Administração Pública Central, enquadra-se na iniciativa Europeia 'Renovation Wave', e também foca a renovação dos edifícios, como o nome indica, da Administração Pública central existente. Com uma dotação de 40 milhões de euros, as candidaturas de entidades estão abertas até 30 de março de 2022, com um máximo de financiamento de 5 milhões por candidatura. Também neste incentivo é contemplada a substituição por janelas com classificação A ou superior.

Casos de sucesso CLASSE+: obras e projetos de referência

Os casos de sucesso das empresas aderentes do CLASSE+ são prova viva do crescente compromisso que as empresas têm perante a sustentabilidade dos seus projetos e obras. Estes casos identificam as intervenções que se distinguem pela qualidade e inovação na vertente de nova construção e reabilitação de habitações residenciais ou de comércio e serviços, nas quais as janelas instaladas têm a etiqueta CLASSE+ de classe 'A+'.

Com uma grande diversidade de tipologias de janelas, constituídas por soluções de alumínio, madeira ou PVC, com vidros baixo emissivos, laminados entre outros - estes exemplos refletem a direção do setor no sentido da sustentabilidade dos edifícios, indo ao encontro das expectativas dos cidadãos e de uma realidade cada vez mais exigente. Empresas aderentes como a Boavista Windows, Caixiave, Alviterm, D&S Caixilharias e a Vitropor são responsáveis pelos mais recentes Casos de Sucesso adicionados ao portefólio que pode consultar em www.classemais.pt e nos outros meios de comunicação da ADENE.

Quinta ecológica da Peneda: Boavista Windows

A Quinta Ecológica da Peneda, situada no Parque Nacional Peneda-Gerês, dedica-se à exploração agrícola certificada em Modo de Produção Biológico.
Quinta Ecológica da Peneda
Quinta Ecológica da Peneda.
As janelas instaladas pela Boavista Window apresentam caraterísticas relevantes do ponto de vista da eficiência energética, pertencendo à série BWTT60, em fibra de vidro e com vidro duplo baixo emissivo Saint Gobain Planitherm XN II 6mm Temperado, caixa de 16mm com árgon + Float Incolor 6mm temperado, fornecido pela Cristalmax. Com a implementação de janelas de qualidade e com classe de desempenho energético A+, a Quinta Ecológica da Peneda disponibiliza melhores condições de conforto térmico aos seus hóspedes.

Parque Escolar - Escola EB23 Rainha D. Amélia: Caixiave

A reabilitação do Parque escolar da Escola Rainha D. Amélia reflete a missão do Programa de Modernização das Escolas do Ensino Secundário, particularmente a nível dos elevados parâmetros de sustentabilidade ambiental e de eficiência energética, que envolveu a empresa aderente ao CLASSE+, Caixiave. Num total de 7 750 m2 de área remodelada, esta obra de elevadas dimensões levou à remodelação da envolvente do edifício, na qual se incluiu a substituição dos vãos envidraçados. Para realizar esta tarefa, a Caixiave foi a empresa encarregue pelo fornecimento de 455 janelas eficientes da série IDEAL (70, 70 Plus e 85), com classe energética A e A+.

Escola EB23 Rainha D. Amélia
Escola EB23 Rainha D. Amélia.

As janelas em questão são constituídas por perfil de PVC da Aluplast, com elevado desempenho térmico e por vidro duplo, com fator solar de 0,42 e índice de atenuação acústica 36 dB. Estas janelas eficientes contribuem para uma melhoria significativa do conforto térmico dos alunos e docentes durante o período letivo, ao mesmo tempo que evitam perturbações sonoras, criando um ambiente mais favorável à aprendizagem.

Caraterísticas da janela:

  • Isolamento acústico Rw=36 dB
  • Permite redução de consumo de energia, Uw=1,85 W/m2.K e g=0,42
  • Transmissão luminosa = 64%
  • Classe de permeabilidade ao ar= classe 4.

A Casa do Bacalhau: Alviterm

O Restaurante A Casa do Bacalhau, situado no centro de Lisboa, ganhou uma nova cara, tendo sido reabilitado com vista a proporcionar um ambiente mais acolhedor, confortável e seguro aos seus clientes. A entidade encarregue pela reabilitação da envolvente envidraçada do restaurante, foi a Alviterm, que procurou implementar uma solução que desse igualmente resposta à importância da segurança e que fornecesse, simultaneamente, conforto térmico e acústico.
Com o intuito de corresponder a este propósito foram instalados vidros de segurança compostos por folhas de vidro unidas entre si, com filmes intercalares de polivinil butiral (PVB). O resultado final obtém a aparência de um único vidro, que em caso de quebra, faz com que os fragmentos de vidro adiram à película intercalar de PVB, proporcionando maior segurança aos clientes do restaurante. O sistema que compõe estas janelas é da Aluplast, da série IDEAL 70, em PVC.
Restaurante A Casa do Bacalhau, em Lisboa
Restaurante A Casa do Bacalhau, em Lisboa.

Caraterísticas da janela:

  • Classe Energética: A+
  • Coef. de transmissão térmica do caixilho Uf: 1,3 W/m2.K
  • Coef. de transmissão térmica do vidro Ug: 1,1 W/m2.K
  • Coef. de transmissão térmica do janela Uw: 1,68 W/m2.K
  • Fator solar: 0,41
  • Transmissão luminosa: 39%
  • Índice atenuação acústica Rw: 41 dB
  • Classe de permeabilidade ao ar: 4.

Moradia Unifamiliar, em Sesimbra: D&S Caixilharias

A D&S Caixilharia, empenhada em honrar o compromisso com a sustentabilidade e eficiência dos produtos que disponibiliza no mercado, foi a empresa escolhida para o fabrico e instalação de janelas eficientes nesta reabilitação de uma moradia unifamiliar.
A empresa participou na reabilitação desta moradia em Sesimbra, tendo ao seu encargo a substituição de janelas. As janelas integradas na moradia têm classe energética A+ e são da série A-70, em PVC, e com vidro FLOAT 4+16+4 NEUTRALUX produzido pela própria D&S Caixilharia, apresentando um excelente desempenho térmico e acústico, que se reflete sobretudo pelo valor do Coeficiente de transmissão térmica da janela (Uw) de 1,54 e pelo índice de atenuação acústica (Rw) de 32dB.

Caraterísticas da janela:

  • Classe Energética: A+
  • Coef. de transmissão térmica do caixilho (Uf):1,3
  • Coef. de transmissão térmica do vidro (Ug): 1,3
  • Coef. de transmissão térmica da janela (Uw): 1,54
  • Fator solar (g): 0,64
  • Transmissão luminosa: 80
  • Índice atenuação acústica Rw: 32
  • Classe de permeabilidade ao ar: classe 4.

Sede da Vodafone - Porto

Inaugurado em pleno coração da Avenida da Boavista, o Edifício Vodafone desde cedo se tornou um ícone arquitetónico da cidade do Porto. A arquitetura peculiar caracterizada por uma envolvente arrojada sem orientação definida permite a 'semelhança a um diamante em bruto'.

A imagem dinâmica e nada convencional deste edifício, é alcançada recorrendo a materiais como o betão de cor branca alternado com áreas envidraçadas irregulares e contínuas, que criam boas condições de iluminação natural nos escritórios. Para garantir a geometria da envolvente, a empresa transformadora de vidro plano, Vitropor, aderente ao CLASSE+, forneceu vidro duplo temperado Sunguard 60/40 com H.S.T. pelo exterior com 8 mm + caixa de ar de 12 mm com selagem de fabricação a silicone resistente à radiação ultravioleta e vidro laminado 44,1 pelo interior, feitos à medida para a caixilharia em aço inox. Estas soluções envidraçadas da série Vitrotermo, permitem conciliar benefícios como o isolamento térmico, acústico e segurança dos ocupantes.

Edifício Vodafone, no Porto
Edifício Vodafone, no Porto.

Caraterísticas Vidro Vitrotermo:

  • Isolamento acústico Rw=39 (-1, -4) dB
  • Permite redução de consumo de energia, Ug=1.6 g=0,4
  • Permite ainda bloquear cerca de 99,5% dos raios solares
  • Os vários pisos do edifício dispõem ainda de estores interiores verticais de cortina autoportante com ruptura de ponto térmico 'SCHUCO FW50+ SG', instalados em toda a dimensão dos vãos de forma a regular o índice de iluminação.

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