A Coopérnico, cooperativa portuguesa de energias renováveis, e os restantes parceiros europeus do projeto CEES dão a conhecer os resultados do questionário feito às iniciativas comunitárias de energia.
O CEES confirmou que existe a necessidade de recomendações sobre formas eficazes de identificar e ajudar os cidadãos em pobreza energética e um terço dos inquiridos afirma que a pobreza energética é prioridade.
A incapacidade de manter as casas adequadamente climatizadas afeta negativamente entre 50 a 125 milhões de cidadãos da União Europeia (UE), prejudicando a sua saúde e bem-estar, e resultando em despesas do orçamento público. Os custos associados à transição para energia limpa - alguns dos quais serão passados aos consumidores - ameaçam elevar o número de cidadãos em pobreza energética. Com o objetivo de ajudar mais de 17.000 consumidores com baixo consumo de energia, gerar quase 2 milhões de euros de investimento em energia sustentável (para eficiência energética e energias renováveis de pequena escala) e reduzir as emissões relacionadas a energia em mais de 7,5 GWh/ano, o CEES irá experimentar e expandir mecanismos robustos de solidariedade energética.
Um terço das iniciativas inquiridas, de 16 países da UE, afirma que a pobreza energética é uma prioridade alta ou o foco principal do seu trabalho e outro terço tem pouco ou nenhum trabalho nesta área. A pobreza energética é um desafio local muito significativo para metade dos inquiridos, e apresentam a falta de financiamento e de pessoal como barreiras para a atuação.
80% das iniciativas gostariam de trabalhar mais na área da pobreza energética, citando outros entraves à participação e atuação, como a falta de conhecimento e barreiras burocráticas, legislativas e regulamentares. É preciso que haja recomendações sobre formas bem-sucedidas de identificar e apoiar os cidadãos que se encontram em situação de vulnerabilidade.
Ao longo de três anos, com financiamento do Horizonte 2020, o projeto CEES irá inventariar, analisar, experimentar e avaliar as abordagens atuais de combate à pobreza energética por parte de iniciativas comunitárias, criando um conjunto de ferramentas que outras possam aplicar de forma eficaz.
Exemplos destas soluções passam:
“O CEES está a ser importante para aprendermos com os nossos parceiros como melhorar as nossas práticas atuais de combate à pobreza energética e, sobretudo, para implementarmos novas ideias que ajudem a concretizar e a consolidar o combate à pobreza energética em Portugal”, explicou Ana Rita Antunes.
Um dos principais objetivos do CEES é incentivar todos os projetos comunitários de energia na UE, novos ou existentes, a incorporar a justiça energética como um princípio fundamental da sua atuação. A Coopérnico, enquanto parceria do CEES juntamente com ALIenergy, Enercoop e Energie Solidaire, Les 7 Vents, Repowering e ZEZ, foi selecionada pelos seus conhecimentos e experiência no desenvolvimento de abordagens inovadoras.
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