Com mais de 20 anos de experiência, a EWFA - The European Window Film Association é a única associação comercial que representa a indústria de películas para vidros no continente europeu. O seu principal objetivo é apoiar os negócios dos seus membros e dar voz às suas preocupações sensibilizando, ao mesmo tempo, o mercado para as diferentes soluções de películas existentes.
Neste âmbito, enquadram-se as películas para vidros, que são compostas por uma película de baixa espessura, normalmente de base poliéster (PET), e autoadesivas que são aplicadas em vidros de edifícios.
O seu principal objetivo é a melhoria das propriedades do vidro, ou acrílico em alguns casos, sem promover alterações nas janelas ou na estrutura do edifício. As películas para vidros podem rejeitar até 80% da radiação solar, produzindo poupanças de energia significativas dos sistemas de arrefecimento ou, como alternativa, reduzir a perda de calor do edifício através do sistema envidraçado. As películas para vidros podem ser utilizadas em praticamente todos os tipos de vidro, complementando e melhorando o seu desempenho no controlo solar.
Desde o início do século XX que o vidro se tem tornado num elemento com uma preponderância cada vez maior na arquitetura. Os arquitetos tendem a dar preferência ao vidro, devido à sua elevada transmissão de luz natural para o interior do edifício, proporcionando uma série de benefícios. Desde logo porque torna os edifícios mais leves, mas também pela poupança de energia com a iluminação artificial, ao mesmo tempo que a sua transparência possibilita a visibilidade para o exterior.
De facto, verifica-se que a performance da maioria dos edifícios em Portugal não se encontra nos parâmetros desejáveis de conforto térmico e visual. Em termos térmicos, seria expectável que o fator solar - rácio entre a radiação que efetivamente atravessa o vidro e a radiação incidente no vidro – se mantenha em valores a rondar 0,2, especialmente nas fachadas orientas a Este e Oeste. Assim, acaba por ser quase sempre necessário realizar um upgrade ao vidro, dotando-o das propriedades térmicas e de transmissão de luz adequadas à utilização do edifício em causa.
Entre as diferentes soluções de películas existentes fará sentido procurar películas que maximizem o índice de seletividade, ou seja, o rácio entre a luz visível transmitida e o fator solar. Para este efeito, as películas espectralmente seletivas e sem metalização apresentam-se como a melhor solução, uma vez que permitem reduzir o fator solar para valores de conforto baixo de 0,20, mantendo uma elevada transmissão de luz e um elevado índice de restituição de cor (~97%).
A instalação de películas em vidros é uma solução de eficiência energética passiva e versátil ao ponto de permitir adaptar de forma económica, rápida e eficaz os vãos envidraçados. Tudo isto é conseguido ao mesmo tempo que são promovidas reduções significativas do consumo de energia elétrica associada ao ar condicionado e aumento de conforto e produtividade dos ocupantes.
Os últimos case studies efetuados com películas espectralmente seletivas sem metalização apontam para um retorno médio na ordem dos três anos, em projetos com períodos de vida útil superiores a 10 anos, o que reforça a relevância financeira cada vez maior deste tipo de soluções de controlo solar.
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