Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes - ANFAJE
Informação profissional sobre a Envolvente do Edifício

Em 2023: continuar a construir o futuro com empresas mais fortes e bem preparadas

João Ferreira Gomes | Presidente da ANFAJE13/02/2023
De uma forma geral, o ano de 2022 foi um excelente ano, com uma intensa atividade da fileira da construção e do imobiliário, com reflexos muito positivos na atividade do setor das janelas, portas e fachadas eficientes.
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Além disso, os apoios financeiros dos programas públicos sob responsabilidade do Fundo Ambiental (programa ‘Edifícios Mais Sustentáveis’ e programa’Vale Eficiência’) estimularam a procura e a substituição de janelas antigas por novas janelas eficientes, contribuindo positivamente para um aumento da atividade das empresas do setor.

No que respeita ao presente ano de 2023, este é mais um ano desafiante e de incerteza para a economia portuguesa, para a fileira da construção e do imobiliário e, por consequência, para o setor das janelas, portas e fachadas eficientes. Esperamos que durante este ano, haja a retoma destes programas e o lançamento de novas medidas de políticas públicas que reforcem a procura, nomeadamente no que diz respeito aos programas relativos ao lançamento de nova construção.

A instabilidade provocada pela guerra na Ucrânia, o aumento da inflação, a subida dos custos da energia e das taxas de juro, acompanhados pelas previsões macroeconómicas menos positivas a nível mundial, terá certamente, uma implicação direta na trajetória de desempenho da economia portuguesa. Algum abrandamento da economia portuguesa somente deverá ser debelado, através dos investimentos públicos previstos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Deste modo, no presente ano é necessário aliar a confiança à prudência, no que respeita a novos planos de investimento e de crescimento das empresas portuguesas do setor. Este ano, deve ser um ano de melhoria da capacidade de gestão e organização das empresas, tendo em conta os seguintes desafios: a aceleração das exigências da economia 4.0, a digitalização dos processos (desde a produção à comercialização, a sustentabilidade dos produtos (economia circular) e as novas exigências regulamentares (edifícios de consumo zero – ZEB).

A necessidade de suportar mais um período de incerteza, durante o qual, certamente, o setor das janelas terá novos e velhos desafios, exige um permanente esforço de pensar e repensar o modelo dos negócios. A construção do futuro do setor das janelas continuará a fazer-se através do reforço da capacidade das empresas do setor, em diversas áreas: a capacidade de inovação em produtos e processos; o aumento da qualificação e formação dos colaboradores; a retenção e atração de novos talentos e de novas competências e o reforço da capacidade de gestão e de liderança. A construção do futuro num ambiente de incerteza e mudança permanente, é a nova normalidade. No contexto atual, as empresas do setor das janelas devem continuar a abraçar as oportunidades relativas às novas exigências de redução dos consumos energéticos, de melhoria do conforto e da eficiência energética dos edifícios portugueses (suportados nas novas políticas públicas e exigências normativas europeias), de aumento da qualidade e dos requisitos relativos à instalação de janelas eficientes.

No que respeita a uma área decisiva – o quadro normativo e regulamentar -, deve salientar-se a revisão da Diretiva Europeia sobre a Eficiência Energética dos Edifícios, a qual visa a adoção de políticas mais sustentáveis para a construção na Europa e a fixação de novos padrões mínimos de desempenho energético. O caminho da diretiva vai no sentido, de exigir o aumento da classificação energética dos edifícios sujeitos a obras de reabilitação (classificação mínima de E, em 2030, e de D, em 2033). O objetivo final da diretiva será ter edifícios ZEB até 2050. Tendo em conta, a caraterização do parque edificado português, a diretiva será uma grande oportunidade para a instalação de novas janelas eficientes.

Relativamente ao enquadramento geral do mercado da construção e do imobiliário, a expetativa é moderadamente otimista. O setor da construção mantém indicadores positivos e no mercado imobiliário, a procura encontra-se ainda longe de estar satisfeita, tanto mais que a procura externa, quer para investimento, quer para residência, nunca foi tão elevada e não dá sinais de abrandamento. Apesar da depauperização dos rendimentos das famílias portuguesas, temos de continuar a ser exigentes no que diz respeito à qualidade da construção, aos requisitos de conforto e eficiência energética, bem como à necessidade imperiosa de combate à pobreza energética. Por isso, acresce a urgência dos tão esperados novos incentivos para a melhoria da eficiência energética, bem como a execução de todos os programas e medidas incluídos no PRR, de modo que Portugal tenha a capacidade de aproveitar e mobilizar todos os recursos financeiros nacionais e europeus disponíveis.

É indispensável, além dos programas de apoio à instalação de novas janeles eficientes, garantir o seu complemento através de benefícios fiscais, em sede de IRS, para todos os investimentos que os proprietários possam realizar nas suas habitações, tendo como objetivo a melhoria do conforto térmico. Além disto, é extremamente importante complementar os programas e medidas já existentes, com soluções de financiamento para obras de melhoria do conforto térmico (as quais deviam ter o envolvimento do Banco de Fomento), com taxas de juro reduzidas. É ainda urgente, garantir o volume de financiamento adequado, conjuntamente com o reforço da capacidade de execução para continuar a promover a reabilitação, a descarbonização, a melhoria do conforto e o desempenho energético e ambiental dos edifícios, por forma a assegurar, o cumprimento das metas e objetivos definidos no Plano Nacional Energia e Clima 2021-2030 (PNEC 2030) e na Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios (ELPRE).

Em suma: em períodos de incerteza, é imperativo uma maior cooperação entre as empresas, nomeadamente, através das suas associações representativas. Desse modo, consegue-se ultrapassar, mais fácil e rapidamente, problemas que são comuns às várias empresas. E para isso, continua a ser imprescindível reforçar a participação ativa das empresas nas suas associações. Nesse sentido, a ANFAJE continuará, como sempre, a representar e a defender as empresas do setor das janelas, portas e fachadas, em Portugal. Continuaremos, como sempre, a construir o futuro do setor com empresas mais fortes e bem preparadas.

João Ferreira Gomes

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