Adotar a automatização para uma têmpera de vidro otimizada

A produção de vidro temperado não se trata apenas de fabricar vidro de boa qualidade. O processo envolve cumprir uma série de requisitos essenciais impulsionados por padrões regionais ou de fábrica, objetivos de fábrica ou a procura do utilizador final. Estes poderão incluir alcançar uma elevada taxa de produção, aumentar o rendimento, minimizar os níveis de anisotropia, reduzir as deformações e muito mais.

Pode ser extremamente difícil para os operadores encontrar um equilíbrio perfeito entre todos estes objetivos. Além disso, a forma como escolhem atingir este equilíbrio depende inteiramente deles e pode variar significativamente.

Antti Aronen. Engenheiro Sénior de Investigação e Desenvolvimento na Glaston, durante a apresentação desta tecnologia na edição GPD2023.

Existem inúmeras formas de executar o processo. Para uma qualidade ideal, os diferentes perfis e tamanhos de carga precisam de configurações diferentes. Entre dezenas de parâmetros diferentes disponíveis na interface do utilizador, o operador escolhe a configuração por conta própria. Quase sempre, essa escolha é baseada mais na experiência do que na ciência.

Hoje em dia, é cada vez mais difícil contratar e reter operadores talentosos. Como resultado, muitas vezes estes tornam-se o fator limitante para o desempenho da máquina. Quase sem exceção, uma máquina tem o potencial de produzir maior qualidade com maior capacidade.

Além disso, a tomada de decisões é baseada numa lógica humana diferente nos diferentes turnos. Se mais do que um operador operar a linha, poderão ocorrer inconsistências no processo. Sem utilizar as mesmas regras de processamento de forma consistente, é quase impossível obter uma qualidade uniforme.

A automatização do processo de têmpera pode resolver estes desafios. Para o controlo, foi desenvolvido um modelo de processo centralizado conhecido como Piloto automático do processo de têmpera.

Este modelo baseado em automatização fornece uma plataforma para ajustar o processo para ter em conta as especificações do produto e os requisitos de fábrica pretendidos. Basicamente, torna a máquina de têmpera responsável por recomendar o padrão de carga e definir os parâmetros do processo para cumprir os objetivos.

Na essência, o Autopilot minimiza o papel do operador na têmpera do vidro. Aplica regras de têmpera consistentes e mantém a repetibilidade, independentemente do operador responsável pelo processo.

A automatização do processo de têmpera ajuda a resolver desafios como os baseados na lógica humana ou na alteração das configurações das máquinas.

Quanto mais medições coletivas de processos houver, maior será o nível geral de automatização. O piloto automático ajuda a ajustar os parâmetros de têmpera com maior precisão, dependendo das variáveis internas e externas.

Os benefícios de automatizar o processo de têmpera de vidro são óbvios: uma produção mais ágil, eficiente e consistente.

Mesmo assim, o Autopilot não substitui por completo o operador. Ao minimizar o papel humano no processamento de produtos de vidro convencionais, os operadores podem concentrar-se nos processos de têmpera mais complexos e trazer novos produtos para a produção.

Afinal, é a sinergia de ponta entre a engenhosidade humana e o poder tecnológico que impulsiona a indústria.

Com o Autopilot, os operadores podem concentrar-se em processos de têmpera mais complexos.