Informação profissional sobre a Envolvente do Edifício
“Na A@W o diferencial é o produto, e não os orçamentos de marketing”

Entrevista a Hannelore Caenepeel, senior exhibition manager & business developer da Architect@Work

Gabriela Costa14/11/2024
O setor em Portugal mostrava grande interesse e nunca atraímos tantos visitantes num primeiro ano
Os fabricantes estão continuamente focados em pesquisa e desenvolvimento para otimizar produção, produtos e processos
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Imagine produtos que nunca foram mostrados antes e inovações técnicas que permitem que um produto originalmente concebido para interiores seja agora perfeito para o uso exterior. É o que vai encontrar na exposição Architect@Work, que Portugal acolhe pela segunda vez, nos dias 4 e 5 de dezembro, na FIL, em Lisboa, sob o mote ‘Materiais saudáveis’.

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Como se vem afirmando o conceito único da exposição Architect@Work na Europa, e o que motivou a realização do evento em Portugal, em 2023 e 2024?

Em 2003 tivemos a ideia de organizar uma feira exclusiva para arquitetos e designers de interiores, pois várias pesquisas indicaram que estes profissionais eram frequentemente convidados para eventos que poderiam ser relevantes, mas que não atendiam de forma específica às suas necessidades muito particulares. Essas necessidades eram claras: queremos ver inovações de produtos, inspirar-nos e fazer networking num ambiente agradável, sem perder muito tempo.

Este foi o ponto de partida para a Architect@Work (A@W), que começou na Bélgica e tem vindo a expandir-se cada vez mais pela Europa. Em 2023, Portugal pareceu-nos o próximo passo perfeito, pois o setor mostrava grande interesse em ter-nos na sua capital. E o sucesso foi imediato. Em toda a minha carreira já participei em várias expansões e primeiras edições deste conceito único, mas nunca atraímos tantos visitantes num primeiro ano como em Portugal. Foi realmente impressionante e provou que o país precisava de um conceito como a A@W.

Que tipo de inovações têm que apresentar nos seus stands as empresas participantes? E como se processa a avaliação prévia do júri a essas inovações?

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Os nossos expositores estão divididos em categorias, como envelope de construção/edifício (acabamento de exterior); sistemas de construção; acabamentos interiores; serviços; IT e meios de comunicação; e organizações e associações comerciais. Todos os expositores devem focar-se nas características inovadoras dos seus produtos, materiais ou serviços na apresentação do seu stand. E pensar em produtos novos que nunca foram mostrados antes, ou inovações técnicas que permitam que um produto originalmente concebido para interiores seja agora perfeito para o uso exterior. As opções são inúmeras.

Após a inscrição no evento, todos os expositores precisam de carregar as suas inovações para aprovação do painel de jurados. Este júri é composto por arquitetos e designers de interiores experientes, que avaliam cuidadosamente cada item antes de dar a aprovação. Esta é a melhor garantia que podemos oferecer aos visitantes para assegurar que a sua visita vale a pena.

Como funcionam as unidades triangulares que são utilizadas para apresentar as inovações “de uma forma muito inventiva e estética”, e de que modo estas estruturas induzem os fabricantes a trabalhar segundo a regra arquitetónica 'menos é mais'?

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A comunidade de arquitetura e design sabe que quando os fabricantes vão a um evento querem ver produtos relevantes e novos. É por isso que é importante que o produto fale por si mesmo: menos é, de facto, mais! Ao dar a todos o mesmo tamanho de stand, igualamos o campo de competição. Não há maneira de tentar superar alguém simplesmente com um stand maior. Na A@W o diferencial é o produto, e não os orçamentos de marketing.

A que se deve a escolha da temática ‘Materiais saudáveis’ e o que será exposto e debatido no evento, no âmbito desta temática? Na sua opinião, de que modo é a inovação um drive para a sustentabilidade do setor, a começar pelos materiais utilizados?

Como já mencionado, além da inovação a inspiração também é fundamental. A saúde é extremamente importante, tanto física quanto mental, e é exatamente aqui que a arquitetura e o design desempenham um papel essencial, tornando-se cada vez mais relevantes e importantes.

Do ponto de vista dos materiais e da sustentabilidade, nota-se claramente que os fabricantes estão continuamente focados em pesquisa e desenvolvimento para otimizar produção, produtos e processos. Há, de facto, uma mudança importante no pensamento sustentável.

Na A@W escolhemos focar no futuro dos materiais, com uma curadoria interessante de materiais feita pela MaterialDriven. São materiais cuidadosamente selecionados que terão um papel importante no futuro.

Que afluência é esperada nesta segunda edição em Lisboa, e que relevância assume o evento na indústria da construção civil (arquitetos, designers, projetistas, engenheiros) em Portugal?

Todos os sinais indicam que teremos uma grande adesão nesta segunda edição. Em vez de afirmar a relevância, gostaria de dizer que toda a nossa equipa está simplesmente entusiasmada por poder oferecer os nossos serviços aos expositores e à comunidade de arquitetura e design em Portugal, dando-lhes um espaço importante para fazer networking e conhecer as novidades.

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Que momentos destaca do Programa a nível de exposições e seminários?

Pessoalmente, o ponto alto do evento é a ‘ARTE’ apresentada por Raffaele Salvoldi. É uma performance ao vivo e interativa ao longo da feira, simplesmente deslumbrante.

A Revista Novoperfil é Media Partner da Exposição Arquitect@Work Portugal.

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